Vinte juízes são alvos do CNJ por fake news e campanha nas redes sociais
Vinte magistrados são alvos de investigações por parte do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por fazerem campanhas nas redes sociais e disseminarem fake news.
O órgão iniciou na terça-feira (14) o julgamento de um deles, Ludmila Lins Grilo, juíza do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).
Ela é acusada de ter atacado ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) por meio de suas redes.
CNJ está investigando vinte juízes por disseminação de notícias falsas, questionamentos ao processo eleitoral, ofensas e xingamentos a candidatos
O conjunto das investigações apura disseminação de notícias falsas, questionamentos ao processo eleitoral, ofensas e xingamentos a candidatos e até mesmo apoio a atos antidemocráticos por parte desses magistrados.
No caso de Ludmila, além de ataques ao STF, há ainda a “aparente tentativa de auxiliar” o blogueiro Allan dos Santos, que responde inquéritos por espalhar desinformação e atacar integrantes da Corte.
De acordo com o Globo, outros seis juízes e quatro desembargadores tiveram suas contas nas redes sociais bloqueadas em razão de manifestações político-partidárias, no ano passado.
Por isso, também serão julgados pelo CNJ o desembargador Marcelo Lima Buhatem, do TJ-RJ; Rosália Sarmento, juíza do TJ-AM; Fabrício da Cunha Araújo, juiz do TJ-MG; Luis Carlos Valois, do TJ-AM; Antônio Montanagna, desembargador do TRT da 15ª Região; Maria do Carmo Cardoso, desembargadora do TRF-1 e Wauner Ferreira Machado, juiz do TJ-MG.
Os processos que apuram a conduta dos magistrados têm como base a regulamentação estabelecida no CNJ em 2018. A normativa aponta que “a vedação de atividade político-partidária aos magistrados não os impede de exercer o direito de expressar convicções pessoais”.
Porém, ressalva que são vedados “ataques pessoais a candidato, liderança política ou partido político com a finalidade de descredenciá-los perante a opinião pública, em razão de ideias ou ideologias de que discorde o magistrado, o que configura violação do dever de manter conduta ilibada e decoro”.
Na ocasião, o ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), apontou que os magistrados estavam extrapolando e se manifestando politicamente de maneira excessiva nas redes sociais.
Fonte: EXTRA