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Entenda como o Congresso endureceu a lei criminal após o caso Daniella Perez

O recente documentário que retrata a trágica morte da atriz Daniella Perez trouxe à memória o momento em que Lei dos Crimes Hediondos foi endurecida pelos parlamentares. A comoção pública, bem como a ação da mãe da atriz, Glória Perez, que promoveu um um abaixo-assinado com 1,3 milhão de assinaturas foi o que levou  a inclusão do homicídio qualificado na lista de crimes hediondos.

Daniella Perez
Glória Perez e Daniella Perez. Imagem: HugoGloss

A morte da atriz Daniella Perez

Filha da escritora de novelas Glória Perez, Daniella foi assassinada em dezembro de 1992, aos 22 anos de idade, por outro ator que contracenava com ela na novela “Corpo e Alma”. Guilherme de Pádua, juntamente com a sua esposa, Paula Thomaz mataram a jovem atriz com golpes de punhal.

O crime chocou o país, e passou-se a discutir a inclusão do homicídio qualificado como crime hediondo.

Alteração legislativa após a morte de Daniella Perez

A Lei dos Crimes Hediondos foi criada no ano de 1990, e até o caso Daniella Perez abrangia poucos casos, como o sequestro, o estupro e o latrocínio (roubo com morte). No entanto, ao saber que os assassinos de sua filha não receberiam um tratamento mais rigoroso, Glória Perez organizou, em 1994, um abaixo-assinado para que o homicídio qualificado passasse a integrar o rol da lei.

Glória Perez foi pessoalmente ao Senado entregar o documento e acompanhar a votação dos membros do legislativo.

Sobre o assunto, o ex- Senador Eduardo Suplicy afirmou na época:

“Considero importante a comoção da opinião pública diante de crimes ocorridos nos últimos tempos, como o assassinato da atriz Daniella Perez, que obviamente estão preocupando toda a população brasileira, inclusive o próprio presidente Itamar Franco, que avalia que o assunto [o endurecimento das leis penais] deve ser amplamente debatido.”

Os documentos da época estão até hoje guardados no acervo do Senado e da Câmara dos Deputados e mostram a repercussão da morte de Daniella Perez entre os parlamentares e o engajamento deles na mudança da Lei de Crimes Hediondos.

Fonte: Agência Senado

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