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Conheças as melhores prisões do mundo

Algumas dessas prisões sequer se parecem com prisões e estão muito distantes da realidade prisional brasileira. Vamos a elas:

Leoben Justice Center, na Áustria

Criado em 2004, o prédio do Centro de Justiça da cidade de Leoben, na Áustria, foi desenhado pelo arquiteto Josef Hohensinn e abriga cerca de 205 condenados, cada um com seu próprio quarto com banheiro, pequena cozinha e televisão. Os presos podem circular livremente pelas celas, pelos espaços de convivência, que não tem barras de segurança, pela biblioteca e três campos com árvores e bancos.

A prisão conta com uma quadra de basquete e uma sala de ginástica à disposição dos presos, que podem cozinhar e são livres para usar suas próprias roupas. 

O Leoben, no entanto, só recebe presos que foram condenados por crimes não-violentos.

No prédio, há duas inscrições: 

Todo ser humano nasce livre e igual em dignidade e direitos.”

Todas as pessoas privadas de sua liberdade devem ser tratadas com humanidade e respeito pela inerente dignidade do ser humano.

Conheça duas prisões da Noruega

Bastoy Prison, na Noruega 

Localizada em uma ilha no sul da Noruega, foi fundada em 1982 e atualmente tem aproximadamente 115 prisioneiros, alguns deles condenados por homicídio. É, certamente, uma das melhores prisões do mundo.

Não há cercas ou agentes penitenciários armados e os detentos têm as chaves de todas as portas e trancas. Ao todo 71 pessoas trabalham na ilha, mas poucos são guardas. Apenas três ou quatro vigiam os presos durante a noite, mas não portam.

Os “encarcerados” têm acesso à praias, cavalos, quadra de tênis e até uma sauna, além de poderem ligar para seus familiares quando quiserem. Muitos deles vivem em pequenas cabanas de madeira pintadas de vermelho, nas quais há televisão, computador e livros. Já outros vivem em um grande alojamento chamado “The Big House”, que mais parece uma mansão com dormitórios parecidos com o de uma faculdade. Há várias opções de jantar: peixe, salmão, camarões e frango.

O projeto é que a ilha funcione como uma pequena vila autossustentável, pois há vacas, galinhas, pastos e plantações e os presos trabalham pelo seu próprio sustento, das 8h30 às 20h30 e são pagos por isso. Há várias funções: cuidados com os animais, com o jardim e com o bosque.

O trabalho também é sem vigilância. Também há uma escola e uma biblioteca, na qual os presos podem estudar.

A fuga dessa prisão seria facílimo uma vez que os barcos não são vigiados e a faixa de água que separa a ilha da costa não é extensa, mas os presos optam por não fugir. Se eles fugirem e forem novamente capturados, a pena pode ser aumentada e podem ser transferidos para um presídio de segurança máxima. 

Apenas 16% dos presos da ilha voltam a cometer um crime.

prisões

 Halden Prison, na Noruega

Localizada  na cidade de Halden, no sudoeste da Noruega,foi inaugurada em 2010 e atualmente conta com cerca de 250 presos. Também trata-se de uma das melhores prisões do mundo.

Ela tem muros, porém por dentro há muitas áreas verdes e espaços de convivência, pois os presos são estimulados a passar a maior parte do seu tempo fora de seus quartos. 

Nenhuma das janelas possuem grades, muito embora seja a segunda maior prisão da Noruega e seja de segurança máxima. Os presos convivem bem com os vigias, que almoçam e jantam juntos, além de praticarem esportes juntos também. Metade dos guardas são do gênero feminino, pois o governo entende que isso encoraja o bom comportamento dos presos.

Cada preso conta com uma suíte que inclui frigobar e TV de tela plana. Há uma cozinha e uma sala de estar compartilhadas para cada 10 ou 12 celas. Há, também, uma biblioteca, e um ginásio de esportes onde até uma parede de escalada está à disposição dos condenados.

O presídio conta, ainda, com um estúdio de música, aulas de violão e piano. Na cozinha, eles têm aula de nutrição e culinária. 

Fonte: Exame

Priscila Gonzalez Cuozzo

Priscila Gonzalez Cuozzo é graduada em Direito pela PUC-Rio, especialista em Direito Penal e Criminologia pelo ICPC e em Psicologia pela Yadaim. Advogada e Consultora Jurídica atuante nas áreas de Direito Administrativo, Tributário e Cível Estratégico em âmbito nacional. Autora de artigo sobre Visual Law em obra coletiva publicada pela editora Revista dos Tribunais, é também membro do capítulo brasiliense do Legal Hackers, comunidade de inovação jurídica.

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