Noticias

Entenda como a máfia albanesa opera na América Latina

Desde a década de 2000, membros de clãs familiares da chamada “máfia albanesa” viajaram para a América Latina, onde operam os cartéis de produção e tráfico de drogas. De acordo com as investigações, os albaneses estabeleceram contato com cartéis e grupos de narcotraficantes em países como a Colômbia, Equador, México e Peru.

No mês de julho deste ano, por exemplo, um carregamento rotulado como sendo de “aspargos finos” deixou a cidade de Trujillo, no noroeste do Peru, em um caminhão de 18 toneladas com destino ao porto de Roterdã, na Holanda. No entanto a carga não chegou a sair do país, pois a Direção Antidrogas da Policia Nacional (Diandro) do país descobriu que as latas de aspargo levavam cocaína líquida.

Máfia
Porto de Roterdã, na Holanda. Imagem: The agility effect

Máfia albanesa e a América Latina

De acordo com o diretor da Dirandro, Deny Rodríguez, o carregamento apreendido em Trujillo poderia render estimados US$ 77 milhões (cerca de R$ 416 milhões) para a máfia albanesa. Sobre os valores, ele explica:

“A droga em Huallaga, norte do Peru, talvez esteja custando US$ 500 ou US$ 700 [cerca de R$ 2,7 mil a 3,8 mil]. Para ir até Lima, seu valor sobe para US$ 1,3 mil [cerca de R$ 7 mil] e, ao chegar a um porto europeu, atinge o preço de US$ 40 mil [cerca de R$ 216 mil] por quilo.”

Rodríguez afirma ainda que na pirâmide desta operação de tráfico de cocaína, havia dois cidadãos albaneses: Malo Franc, conhecido como “Pedro”, e Meta Gentjan, o “Barbas”. Eles entraram legalmente no país como turistas, através da fronteira com o Equador. No entanto, as autoridades já vinham vigiando os dois durante a permanência no país.

O diretor da Diandro também alegou que esses dois cidadãos albaneses são os encarregados das questões financeiras e logísticas, para criar operações de tráfico ilícito de drogas no território peruano.

 O investigador Alessandro Ford, da organização jornalística InSight Crime, contou que a atuação da máfia libanesa na América Latina não conta com muitos homens e armas de alto calibre. O poder deles reside no controle compartilhado com outras máfias, como a italiana, de portos na Europa por onde ingressam drogas e outros produtos ilegais.

Sobre a atuação da máfia libanesa o investigador mexicano, Víctor Sánchez também explicou:

“Sua função é fazer as conexões dos negócios, fechar acordos e tratar de questões logísticas. Mas nunca veremos um comboio armado da máfia albanesa, a não ser guardas para oferecer proteção.”

Fonte: G1

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo