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Mais da metade dos ministros de Lula tiveram problemas na Justiça; entenda

No último dia 1º o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou um total de 37 ministros para compor a sua gestão. Desses, 19 já enfrentaram alguma investigação na justiça. Além de casos criminais, há também aqueles que responderam por ações de improbidade relacionadas à gestão pública ou em razão de suspeitas em campanhas políticas.

Veja abaixo alguns dos novos ministros que enfrentaram a justiça

Fernando Haddad

Os principais casos envolvendo Fernando Haddad estavam na Justiça Eleitoral e envolviam denúncias de “caixa dois”. Segundo o Ministério Público, em 2013, Haddad teria recebido R$ 2,6 milhões da UTC Engenharia para pagar dívidas falsas de despesas com gráficas em sua campanha para a prefeitura de São Paulo em 2012.

Na época, o magistrado condenou Haddad a uma pena de 4 anos e 6 meses, e apontou 258 declarações falsas, mas em 2021, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo absolveu o ex-prefeito.

O ex-prefeito também foi investigado com base na delação de Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, que disse ter sido procurado, em 2013, pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari, com um suposto pedido de propina de R$ 5 milhões.

Segundo o delator, o dinheiro serviria para quitar dívidas de campanha de Haddad, que, em contrapartida, manteria contratos da construtora com a prefeitura de São Paulo, principalmente a obra da Avenida Roberto Marinho. O caso foi arquivado por insuficiência de provas.

Em setembro deste ano, um outro inquérito eleitoral contra Haddad foi trancado por um juiz de primeira instância. Desta vez, uma denúncia anônima apontou que Haddad comprava votos de funcionários comissionados da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), em 2012, para que “participassem de atos e encontros favoráveis ao PT e doassem dinheiro para a legenda”. O magistrado não viu indícios de coação por parte dos envolvidos, incluindo Haddad.

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Fernando Haddad e Lula

Rui Costa

O novo chefe da Casa Civil e ex-governador da Bahia é investigado por fraudar a entrega de respiradores durante a pandemia do COVID-19.

O estado pagou R$ 48,7 milhões a uma pequena empresa de São Paulo, a Hempcare, para fornecimento de 300 respiradores a nove estados do Consórcio Nordeste, mas esses equipamentos nunca foram entregues. A Polícia Federal investiga os crimes de estelionato contra a administração pública, dispensa ilegal de licitação e lavagem de dinheiro.

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Rui Costa

Alexandre Padilha

O ex-ministro da Saúde não chegou a ser formalmente investigado, embora tenha sido citado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef, que afirmou em depoimento que se reuniu, no ano anterior, com Padilha no apartamento do ex-deputado Cândido Vaccarezza e André Vargas, deputado que mantinha relações com o doleiro e estaria interessado na regularização, junto ao ministério, do Labogen, laboratório de fachada de Youssef usado para lavar dinheiro.
Embora tenha sido citado, a investigação contra Padilha não foi adiante porque não foi provada a sua atuação em favor da empresa.

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Alexandre Padilha e Lula


Camilo Santana

O novo ministro da Educação se tornou alvo de uma ação de investigação judicial eleitoral junto com o agora governador eleito do Ceará, Elmano de Freitas, e a ex-governadora Izolda Cela, pela suspeita de que recursos do estado estariam sendo repassados a prefeitos para cooptar apoio na disputa eleitoral. O caso segue sendo apurado pela Polícia Federal.

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Camilo Santana

Wellington Dias

Wellington Dias e sua mulher, a deputada Rejane Dias (PT), são alvos de uma investigação que apura contratos superfaturados de transporte escolar no estado, com suposto desvio de R$ 50 milhões. Os fatos datam de 2015 e 2016, quando Rejane era secretária de Educação e Wellington governador.

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Luiz Marinho
O novo ministro do trabalho chegou a ser condenado por nepotismo cruzado, quando era prefeito de São Bernardo do Campo (SP), entre 2009 e 2016. Além disso, em 2020, o Ministério Público Federal passou a investigar supostas fraudes em licitações da merenda escolar durante a sua gestão.

Outra investigação contra Luiz Marinho aconteceu entre os anos de 2020 e 2021, onde ele foi acusado de fraude à licitação e peculato na contratação de projetos e obras para a construção de um Museu do Trabalhador em São Bernardo, mas ao final do processo, a justiça entendeu que os contratos eram anteriores à gestão do petista e que não havia provas contra ele.

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Luiz Marinho e Lula

Márcio Macêdo

Nomeado secretário-geral da presidência, Macêdo

foi investigado por supostamente apresentar, na eleição de 2018, uma nota fiscal falsa para se defender de uma acusação de campanha. No entanto, as autoridades entenderam que não houve a intenção de cometer o crime de falsificação de documento particular.

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Márcio Macêdo e Lula

Além desses, os ministros Paulo Pimenta, Márcio França, Flávio Dino, Luciana Santos, Waldez Góes, Carlos Lupi, Simone Tebet, Renan Filho, Carlos Álvaro, André de Pádua, Alexandre Silveira, Daniela do Waguinho, Marina Silva, Sônia Guajajara, Margareth Menezes, bem como o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, e o vice-presidente, Geraldo Alkmin, foram alvos de investigações, ou citados em delações premiadas envolvendo suas gestões anteriores.

Fonte: Gazeta do povo

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