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PF conclui inquérito sobre suposta incitação ao crime por parte de Bolsonaro em relação a máscaras e vacina da Covid

A Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal o relatório final dos trabalhos no âmbito do inquérito aberto que apura a conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL) na disseminação de informações falsas sobre a pandemia de Covid-19, que relacionavam a vacina contra a doença ao risco de se contrair Aids, e estimular a população a não utilizar máscaras de proteção contra a disseminação do vírus.

O documento, protocolado na tarde de sexta-feira, 23 de dezembro, apareceu nos registros do sistema do tribunal nesta quarta-feira, 28 de dezembro, a quatro dias do fim do governo Bolsonaro. 

O mandatário, derrotado nas eleições de outubro, não deve participar da cerimônia de posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1º de janeiro, e deve viajar aos Estados Unidos.

Suposta incitação ao crime realizada por Bolsonaro em relação ao Covid-19 tem inquérito finalizado pela PF

O inquérito, aberto a pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado Federal, já havia concluído que Bolsonaro cometeu incitação ao crime ao divulgar informações falsas acerca da crise sanitária. 

A própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outras autoridades de saúde já haviam desmentido as falas do mandatário.

Na avaliação da delegada Lorena Lima Nascimento, da PF, Bolsonaro teria atentado contra a paz pública ao associar as vacinas contra a Covid-19 à Aids.

Ela também destaca que o presidente teria disseminado, sem qualquer embasamento, a informação de que vítimas de gripe espanhola teriam morrido em decorrência de pneumonia bacteriana, causada pelo uso de máscara. Não há dados que comprovem tal afirmação.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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