Noticias

Faraó dos Bitcoins é exposto em transferência milionária de R$174 milhões pela GAS Consultoria

A empresa BlockSeer, especializada em crimes cibernéticos e financeiros, descobriu uma movimentação de R$ 174 milhões, feita por Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, em carteira de bitcoins relacionada à GAS Consultoria e Tecnologia. As operações ocorreram entre 28 de fevereiro e 5 de março.

faraó
Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins

BlockSeer constatou quatro operações feitas pelo Faraó dos Bitcoins

De acordo com a empresa, as operações foram descobertas por  técnicos que são peritos com certificação em blockchain, que usam as ferramentas de última geração, a Reactor, para descobrir fraudes com criptomoedas nas redes blockchain – livros-razões que computam todas as transações mundiais.

Segundo esses técnicos, fora constatadas quatro operações de transferência da carteira relacionadas à GAS para destinatários desconhecidos. A primeira, no dia 28 de fevereiro, no valor de R$ 11,7 mil – para os técnicos, o valor foi baixo porque a pessoa responsável queria fazer um teste. No mesmo dia, minutos depois, ocorrem mais duas transferências, uma de R$ 11,1 milhões e a outra de R$ 152 milhões. No dia 5 de março, em nova transação, saíram da carteira mais R$ 11,1 milhões.

A BlockSeer associou as operações à GAS porque a carteira em questão é citada no processo judicial que foi instaurado contra Glaidson e outros sócios pela prática de crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, o Faraó dos Bitcoins, sua esposa, Mirelis, e mais 15 pessoas  foram responsabilizadas pela montagem de um esquema que movimentou R$ 38 bilhões entre 2015 e 2021. Porém, desse valor apenas R$ 200 milhões foram apreendidos. Do restante, os investigadores sabem apenas que Mirelis desapareceu, após sacar R$ 1 bilhão em bitcoins no dia seguinte às prisões.

Os técnicos da BlockSeer disseram que a carteira digital vinculada à GAS, por não estar dentro de corretores de criptomoedas, é mais difícil de apreender judicialmente, porém, eles garantem que todas as transações deixam rastros e podem ser bloqueadas quando fica visível.

Os advogados de Mirelis se manifestaram sobre a informação por meio da seguinte nota:

“Recebemos com perplexidade a informação de que a BlockSeer teria obtido e estaria divulgando supostos dados financeiros da GAS Consultoria e Tecnologia. Importante dizer que a divulgação de dados financeiros de pessoas ou empresas sem a autorização judicial é crime devidamente tipificado no Código Penal brasileiro. É alarmante também que a BlockSeer, uma empresa privada, esteja tentando fazer o papel reservado à polícia ou ao Ministério Público. Invadir privacidade alheia, sob qualquer pretexto, também é crime.

Fonte: Extra

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo