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Advogado deixa defesa de mulher que confessou ter matado as filhas

Um advogado no Sul do Goiás, deixou a defesa de uma mulher que confessou ter matado as filhas. Fabrício Póvoa informou que não continuaria a atuar no caso por motivos pessoais, e a sua única manifestação no processo foi um pedido para que fosse realizado um exame de insanidade mental. A renúncia do advogado aconteceu no dia seguinte ao pedido, na noite da última segunda-feira (3).

Segundo a Polícia Civil goiana, a mãe teria envenenado, afogado e depois dado facadas nas filhas. As crianças tinham seis e dez anos, e o corpo delas foi encontrado pelo pai no dia 27 de setembro, que através das redes sociais lamentou a morte das filhas.

Defensoria Pública assume o caso de mulher que matou as filhas

A defensoria pública do Estado de Goiás assumiu o caso, e informou por meio de nota que a mulher investigada estava presa no presídio de  Israelândia, mas foi transferida para um hospital psiquiátrico após tentar se matar.

A diretora do presídio, por sua vez, alegou que ao chegar no local para ser recolhida, a mulher  apresentou comportamento inadequado e alterado, com confusão mental, e tentou tirar a própria vida dentro da cela, razão pela qual oficiou ao juízo que realizasse a transferência dela, tendo em vista que o estabelecimento prisional não possui “estrutura física e humana para custodiar pessoas presas com o quadro de saúde/transtornos mentais“.

Segundo o delegado responsável pelo caso, em depoimento a investigada confessou que há algum tempo já tinha intenção de matar as filhas, e que chegou a tentar adquirir uma arma de fogo para cometer o crime. Sobre o caso, a autoridade policial relatou:

“Com a arma de fogo, segundo ela, ela cometeria os homicídios e tiraria a própria vida de forma mais rápida. Facilitaria [o crime], nesse sentido”

Ainda segundo as informações da autoridade policial, no dia 27 de julho, Izadora compartilhou em suas redes sociais um laudo psicológico que a considerou apta para manuseio de arma de fogo. No dia seguinte, a mulher postou ainda uma captura de tela que mostrava mensagens com despachantes de armas de fogo.

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Print e laudo de mãe que matou as filhas. Imagem: G1

Segundo o relato do pai das crianças, no dia do crime ele saiu para trabalhar e quando retornou já achou estranho o fato do portão estar trancado, segundo ele o portão da casa da família sempre ficava aberto. Ao entrar na residência ele encontrou vestígios de sangue e um colchão com um cobertor em cima, na área da frente da casa, e ao tirar o cobertor achou o corpo das filhas já mortas.

A mãe foi encontrada em um matagal próximo a casa da família, e levada presa em flagrante. Segundo o delegado, ela tinha sinais de ferimentos que indicam que ela tentou suicídio. 

“Ela confessou o crime, o modo como ela matou as crianças. Segundo ela, de início, ela tentou dar veneno, mas como ela viu que não iria funcionar, ela levou as crianças para uma caixa d’água, que fica em frente à casa, e tentou eletrocutar as crianças com uma extensão ligada à rede elétrica. Como ela viu que não ia dar certo, ela desligou a extensão e foi lá na caixa d’água e afogou as crianças”, disse o delegado.

Izadora irá responder por duplo homicídio qualificado, com aumento de pena pelo fato de as vítimas serem menores de 14 anos e serem filhas dela, ela poderá pegar até 100 anos de prisão.

Fonte: G1

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