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STJ revoga prisão preventiva de homem preso por tráfico drogas

O Ministro Ribeiro Dantas do Superior Tribunal de Justiça revogou a prisão preventiva de um homem acusado de tráfico de drogas, que foi preso com seis trouxinhas de maconha com 7g e uma de crack com 2g. 

O Ministro considerou que a conduta do acusado não apresenta grande periculosidade social.

STJ revoga prisão preventiva de acusado de tráfico por não representar grande periculosidade social

De acordo com os registros do processo, a prisão em flagrante do acusado, que foi convertida em preventiva, foi motivada por suspeita de tráfico de drogas.

A defesa recorreu ao STJ, alegando que a prisão do acusado foi ilegal, uma vez que não havia justificativa adequada, fundamentação sólida ou evidências empíricas, já que a quantidade de drogas encontradas era pequena.

A presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, negou a liminar, pois não encontrou nenhuma ilegalidade.

Em um recurso posterior, a defesa reiterou que não havia justificativa adequada para a prisão preventiva, já que o acusado foi preso apenas com uma pequena quantidade de drogas, uma balança de precisão e já havia respondido a dois processos, sendo que um deles foi arquivado.

Ao examinar o caso, o relator, Ministro Ribeiro Dantas, observou que a prisão preventiva foi baseada no risco real de o acusado voltar a cometer crimes, uma vez que ele já respondia a outro processo por porte de arma de fogo e receptação.

No entanto, o ministro enfatizou que, embora essa circunstância seja um elemento válido para se inferir a habitualidade criminosa do acusado e, portanto, justificar a prisão preventiva para proteger a ordem pública, no caso em questão, a conduta atribuída ao acusado não apresenta um alto grau de periculosidade social.

Fonte: Migalhas

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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