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Quatro PMs são condenados por Justiça Militar por tortura e homicídio de jovem no Pará

Os policiais militares (PMs) Wagner Braga Almeida, André Pinto da Silva, Dionatan João Neves Pantoja e Ismael Noia Vieira foram condenados, nesta segunda-feira, 6 de fevereiro, a nove anos de prisão pela Justiça Militar do Pará. 

Os quatro agentes são acusados de tortura e homicídio praticados contra o jovem Mateus Gabriel da Silva Costa, morto aos 18 anos. 

Justiça condena PMs por morte de rapaz de 18 anos no Pará

O crime aconteceu em 2021 no município de Xinguara, no sul do Pará. O corpo da vítima nunca foi encontrado.

O promotor de Justiça Militar Armando Brasil Teixeira, que acompanhou as investigações do caso, afirmou que, com o resultado do julgamento realizado em Belém, os quatro militares foram expulsos da corporação e deverão cumprir a pena em unidade prisional da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

Ainda de acordo com o promotor, os militares alegam que abordaram o rapaz, mas o liberaram logo em seguida. 

Matheus desapareceu no dia 3 de fevereiro de 2021. Segundo as investigações, o jovem sumiu depois de ter saído de moto de um jogo de futebol com amigos, quando foi perseguido por uma viatura do Grupo Tático Operacional da Polícia Militar.

Foram feitas várias buscas pelas polícias Civil e Militar, além do Corpo de Bombeiros, mas o corpo de Mateus não foi localizado até hoje. “Ficou uma incógnita”, disse Brasil.

O caso estava sendo acompanhado pela Anistia Internacional e por organizações de defesa dos direitos humanos

A suspeita inicial das investigações era de que os policiais faziam parte de grupo de extermínio.​​

A Polícia Militar foi procurada para comentar a condenação dos PMs, mas ainda não se manifestou.

Fonte: UOL

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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