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A rotina dos condenados à pena de morte nas prisões americanas

O sistema penal americano é um dos mais controversos do mundo, e a pena de morte é um dos pontos mais críticos desse sistema. O “corredor da morte” é um espaço destinado aos presos que foram condenados à pena capital, e sua rotina é cercada de controvérsias e questionamentos éticos e morais.

Apesar de existir em outros países, o corredor da morte nos Estados Unidos é conhecido pela duração das sentenças, que podem durar anos e até mesmo décadas. Durante esse período, os presos aguardam a execução em um estado constante de incerteza, sem saber ao certo quando será sua vez. Além disso, muitos questionam a humanidade desse tipo de punição, já que é uma forma de privar alguém do direito à vida.

Conheça a rotina dos presos que passam os dias esperando o momento de morrer:

1. No corredor da morte

Após receber a sentença de morte, enquanto apela da decisão, o preso é transferido para uma área conhecida como “corredor da morte”. Apesar do nome, não se trata de um corredor, mas de um conjunto de celas com uma área comum contendo uma televisão, mesa e chuveiro. O preso pode sair da cela entre 7h e 23h.

2. Distrações na espera

A espera pela execução pode durar anos, mesmo após a condenação final. Para passar o tempo, os condenados têm acesso a atividades como trabalhar na cantina ou na lavanderia da prisão, fazer exercícios físicos e participar de cultos religiosos.

3. Contato limitado

Durante a espera, os condenados podem receber visitas, mas nunca têm contato direto. As visitas ocorrem atrás de um vidro. Eles também têm acesso a advogados, já que há a possibilidade de serem libertados enquanto estão no corredor da morte. Em média, cinco americanos são libertados a cada ano.

4. A última semana

Quando as apelações se esgotam e a data da execução é marcada, o condenado é transferido para a “área de vigília”, um espaço com poucas celas onde passará a última semana de vida. O preso permanece trancado na cela durante todo o dia e é vigiado por dois guardas. Ele só pode sair para tomar banho ou para consultas com padres, advogados e psicólogos.

5. A última refeição

Pouco antes da execução, com autorização do diretor da prisão, o condenado pode conversar frente a frente com a família. Em seguida, ele faz a última refeição na única mesa do ambiente. Esse espaço fica a uma porta de distância da câmara de execução.

6. As últimas palavras

Se a data da execução não for adiada, o condenado é amarrado em uma maca e recebe um cateter em cada braço. Ele pode fazer uma declaração final e essas palavras são registradas. Depois, ele é levado para a câmara de execução, onde testemunhas, incluindo familiares do preso e da vítima, convidados e jornalistas, assistem à execução.

Fonte: https://super.abril.com.br/sociedade/como-funciona-o-corredor-da-morte/

Redação

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