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Caso Rafael: mãe é condenada por matar próprio filho a 30 anos de prisão

Em maio de 2020, o município de Planalto, no norte do Estado, foi estremecido com a notícia de que uma mãe teria matado o próprio filho.

Após mais de uma semana de buscas pelo menino, Alexandra Salete Dougokenski indicou o local onde estava escondido o corpo de Rafael Mateus Winques, 11 anos. 

Júri de Alexandra Salete Dougokenski, mãe de Rafael, chega ao fim e ela é condenada a 30 anos de prisão

Nesta quarta-feira, 18 de janeiro, depois de três dias, chegou ao fim o julgamento da ré, que é acusada de ter assassinado Rafael.

Os jurados decidiram que Alexandra é culpada pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual. 

Ela foi condenada a 30 anos e dois meses de reclusão, além de seis meses de detenção. A sentença foi lida pela juíza Marilene Campagna por volta das 23h40min. 

Pelo homicídio qualificado, Alexandra foi sentenciada a um total de 28 anos de prisão; pela ocultação de cadáver, condenada a um ano e dois meses; e por falsidade ideológica, a um ano de reclusão. 

Por fim, a magistrada ainda determinou que ela cumpra seis meses de detenção por fraude processual.

A ré ouviu toda a leitura da sentença dentro do salão do júri, junto dos advogados de defesa. De cabeça baixa, a mulher não esboçou reação. A juíza ainda explicou que fica mantida a prisão de Alexandra, que já estava segregada desde maio de 2020. 

O advogado de defesa disse que vai recorrer da sentença. Ele também afirmou que irá pedir a anulação do júri, alegando que a promotora Michele Dumke Kufner teria ferido o silêncio da ré, embora ela tenha citado somente os familiares nominalmente.

Fonte: Diário do Nordeste

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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