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Caso Renata Muggiati: namorado acusado de matar e jogar pela janela corpo de fisiculturista vai a júri após quase 8 anos

Depois de quase oito anos da morte da fisiculturista Renata Muggiati, o médico Raphael Suss Marques, acusado de jogá-la do apartamento onde viviam, vai a júri popular nesta quarta-feira, 8 de fevereiro.

Raphael Suss era namorado da atleta e irá responder pelos crimes de fraude processual, homicídio qualificado e lesão corporal. O médico está preso desde 2019.

A decisão pelo júri popular de Raphael foi tomada em outubro de 2019, pela juíza Tais de Paula Scheer, do 1.º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Curitiba. A decisão, na época, também manteve a prisão preventiva do acusado. 

Em 2021, a família de Renata Muggiati pediu a cassação do registro profissional de Raphael ao Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM). Em janeiro de 2020, ele havia sido autorizado a exercer a medicina dentro de presídios da Grande Curitiba.

Relembre como foi o suposto assassinato de Renata Muggiati e as prisões de Raphael Suss Marques

Renata Muggiati morreu na madrugada do dia 12 de setembro de 2015, quando caiu do 31º andar de um prédio da Rua Visconde do Rio Branco, na esquina com Comendador Araújo, no Centro de Curitiba. 

Na noite do crime, Raphael Suss Marques teria dito à Polícia Militar (PM) que a mulher se jogou do prédio, porém, a DHPP desconfiou e encontrou elementos que pudessem acusá-lo de asfixiar e depois jogar o corpo da atleta pela janela, simulando então um suicídio.

Pouco depois da morte, os laudos sobre a morte se contradiziam: enquanto outros exames diziam que ela tinha sido assassinada, pois ela já estaria morta quando foi jogada pela janela do apartamento, o laudo de necropsia, feito por Daniel Colman, dizia que ela morreu quando caiu ao solo, ou seja, que estava viva quando despencou do prédio.

Não demorou muito e Raphael foi preso pela DHPP e, na época, negou o homicídio. Ele se defendeu dizendo que Renata sofria de depressão e que já tinha tentado suicídio outras duas vezes. 

O corpo da atleta foi exumado, a junta médica concluiu o homicídio com um novo exame, e Raphael, que foi preso algumas vezes novamente, ficou detido até agosto de 2017, quando conseguiu o direito de responder ao processo em liberdade.

Em 26 de fevereiro de 2019, o médico teve novamente pedida sua prisão pela juíza Taís de Paula Scheer. A magistrada determinou que a frequência de Marques em uma casa de pôquer da capital violava uma das condições para a sua liberdade.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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