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Jogador que chutou árbitro na cabeça durante partida de futebol no RS vai a júri

Pouco mais de um ano depois do acontecimento, começa hoje em Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, o júri do jogador de futebol que agrediu um árbitro com um chute na cabeça durante uma partida entre Guarani-VA e São Paulo-RG, pela Série A2 do Campeonato Gaúcho em outubro de 2021. 

William Cavalheiro Ribeiro é acusado de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil. 

Júri de jogador que chutou cabeça de árbitro em partida de futebol começa hoje

O julgamento acontecerá na cidade onde aconteceu o fato. Na época, William defendia a equipe do São Paulo, da cidade de Rio Grande, no Sul do Estado. 

Ele chegou a ser preso em flagrante ainda dentro do estádio Edmundo Feix, por tentativa de homicídio, após agressões contra Rodrigo Crivellaro. Entretanto, foi liberado um dia depois após uma decisão judicial.

A defesa de Ribeiro afirma que considera a denúncia de tentativa de homicídio – aberta em novembro de 2021 pelo Ministério Público – como uma “acusação excessiva e que caberá à comunidade de Venâncio Aires a decisão que entender como justa”. O jogador responderá ao processo em liberdade.

Já o promotor responsável pela denúncia, Pedro Rui da Fontoura Porto, afirmou na acusação que William assumiu o risco da morte ao chutar a região posterior da cabeça e pelas costas, enquanto o árbitro estava desmaiado no gramado. 

“Não só criou como também assumiu o risco de produzir o resultado morte, que somente não se consumou por circunstâncias alheias, devido à pronta intervenção de outros atletas e autoridades e, notadamente, ao rápido e eficaz atendimento médico.”

O árbitro Rodrigo constituiu representante, que atua como assistente de acusação no processo. 

A pena prevista no Código Penal é de 12 a 30 anos de prisão. Quando o crime é tentado, pode haver diminuição da pena de um a dois terços da condenação.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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