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Delegado se infiltra em igreja e prende pastor foragido por homicídio

Foragido da Justiça, o pastor Josenildo Severo de Andrade, de 37 anos, havia combinado de receber um novo fiel na sua igreja, em Itaquaquecetuba, na Grande de São Paulo, na noite da última segunda-feira, 30 de janeiro.

Pastor foragido acusado de homicídio é preso por Delegado que se infiltrou na igreja como fiel

Com a promessa de dar o testemunho de como saiu da vida do crime, as palavras do irmão pegaram o religioso de surpresa: 

“Em nome de Deus, preciso ser sincero: meu nome não é Augusto. Eu sou delegado de polícia e o senhor está preso”

Quem descreve o episódio é o delegado Akhenaton Nobre, da 1ª Delegacia de Capturas da Polícia Civil de São Paulo, responsável por dar voz de prisão e algemar o pastor foragido.

O motivo: Josenildo é acusado de matar uma pessoa e tentar assassinar outra em Vicência, cidadezinha de 32 mil habitantes no interior de Pernambuco, e estava foragido da Justiça havia 12 anos. Segundo a polícia, ele alega legítima defesa.

Para capturá-lo, os investigadores de São Paulo se infiltraram na igreja, participaram de culto ministrado por outras pessoas e tentaram ganhar a confiança de pastores da denominação.

Na semana anterior à prisão, o delegado Akhenaton Nobre também conseguiu o WhatsApp de Josenildo, trocou uma série de mensagens com o pastor e acabou convidado para ir à igreja, para participar do curso de Teologia, conduzido por ele. Semanal, o evento ocorre sempre às 19h.

“Falei para ele que o irmão Vitor, um nome fictício, tinha dado uma palavra pra mim, mostrado o culto na internet e, em razão disso, minha vida deu uma guinada e me tirou do crime”

Fonte: Diário do Nordeste

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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