MP apura novas denúncias de mulheres que acusam empresário de estupro
Outras dez novas denúncias de mulheres que acusam o empresário Thiago Brennand Fernandes Vieira, de 42 anos, de estupro estão sendo apuradas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). O acusado também teria obrigado duas delas a tatuarem suas iniciais “TFV,” em seus corpos.
Os novos casos teriam ocorrido em 2021 e 2022, na cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo, onde o empresário tem residência num condomínio de alto padrão.
Todas as vítimas seriam mulheres que o conheceram pelas redes sociais ou pessoalmente. Algumas tiveram apenas algum contato e outras se relacionaram com ele.
Os advogados das mulheres encaminharam as denúncias à Promotoria na capital paulista e ao MP em Porto Feliz. Elas deverão ser ouvidas na próxima semana pelo Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NAV) do MP na cidade de São Paulo.
O advogado Marcio Janjacomo pediu ao MP para investigar não apenas os estupros, mas também cárcere privado, maus-tratos e lesão corporal contra as vítimas. De acordo com o advogado, algumas de suas clientes teriam sido obrigadas pelo empresário a tatuarem as letras TFV:
Nós fizemos atendimento dessas vítimas arregimentando todas as provas e entregamos, protocolamos junto ao MP as provas pedindo providências ao caso.
Acusações e denúncias contra o empresário
O empresário já é réu pelos crimes de lesão corporal e corrupção de menores, pois foi denunciado pelo MP por agredir uma modelo em uma academia em São Paulo e por incentivar o filho dele menor de idade a ofendê-la.
Após a repercussão do caso, Thiago viajou para os Emirados Árabes, porém a Justiça de São Paulo determinou o seu retorno ao Brasil no prazo de até dez dias. Na mesma decisão, o empresário foi proibido de frequentar academias e de se aproximar de testemunhas, bem como obrigado a entregar o seu passaporte. Se descumprir as medidas cautelares impostas, Thiago poderá ser preso preventivamente.
A Polícia Civil apreendeu acessórios para armas de Thiago dentro de uma mala em um armário que fica no Centro Equestre do Condomínio Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz. A perícia irá apontar se os equipamentos estão legalizados.
O Exército já suspendeu o certificado de registro de CAC (sigla para colecionador de armas, atirador e caçador desportivo), que permitia ao empresário colecionar armas.
Fonte: G1