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Bolsonarista é preso após matar apoiador de Lula no MT

Na última quarta-feira, 7 de setembro, uma discussão política ocorrida no Mato Grosso acabou com a morte de um apoiador do ex-presidente Lula.

Em uma chácara em Agrovila, zona rural de Confresa, cidade a 1.160 quilômetros da capital Cuiabá, Rafael Silva de Oliveira, 22 anos, apoiador de Jair Bolsonaro, atacou um colega de trabalho com golpes de faca e machado, segundo a Polícia Civil.

A vítima era Benedito Cardoso dos Santos, 44, apoiador da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva.

Apoiador de Lula teria sido morto por colega de trabalho apoiador de Bolsonaro

Conforme o delegado responsável pelo caso, Victor Oliveira, os dois homens trabalhavam juntos no corte de lenha em uma propriedade e, na noite de 7 de setembro, começaram a discutir sobre política e as agressões levaram ao óbito do apoiador do Lula pelos golpes de faca e machado.

Ainda conforme a versão apresentada pelo delegado ao portal G1, Rafael teria começado a discussão e a vítima teria pegado a faca, mas em seguida Santos teria sido desarmado por Oliveira, que o perseguiu e começou a golpeá-lo com a faca pelas costas. 

Mesmo caído no chão, a vítima ainda foi atingida por golpes nos olhos, pescoço e testa. O próprio autor disse que desferiu ao menos 15 golpes.

lula
Rafael Silva de Oliveira. Imagem: G1

Depois disso, Oliveira foi até um barracão, onde pegou um machado e acertou o pescoço de Bendito, que ainda estava vivo.

Alegando ter sido vítima de uma tentativa de roubo, Rafael chegou caminhando ao hospital de Confresa e solicitou atendimento médico, pois estava com um corte na mão e outro na testa.

O suspeito foi encaminhado para a delegacia para prestar depoimento e confessou o crime. Ele foi preso em flagrante por homicídio qualificado, por motivo fútil, utilizando meio cruel.

“Art. 121. Matar alguem:

§ 2° Se o homicídio é cometido:

II – por motivo futil;

III – com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

Pena – reclusão, de doze a trinta anos.”

A prisão em flagrante do acusado foi convertida em preventiva após uma audiência de custódia realizada.

Os policiais encontraram a faca e o machado, que teriam sido escondidos por Rafael, e outros elementos no local do crime que corroboram a versão apresentada por ele, na confissão.

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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